terça-feira, 30 de abril de 2019

Superbactérias são uma das maiores ameaças às futuras gerações, diz ONU


Segundo a pesquisa, um dos principais motivos para o aparecimento de bactérias resistentes é o uso indiscriminado de remédios como, por exemplo, os antibióticos.

Um estudo que as Nações Unidas divulgaram nesta segunda-feira (29) fez um alerta ao mundo todo. Os microorganismos super-resistentes a medicamentos, são uma das maiores ameaças às futuras gerações.

O relatório feito por especialistas e agências internacionais de saúde revela que as doenças resistentes a remédios matam, pelo menos, 700 mil pessoas a cada ano, no mundo todo. Entre elas, 230 mil são vítimas da tuberculose.

Nos Estados Unidos, um superfungo, o cândida auris, já infectou cerca de 600 pessoas. Quase metade dos pacientes morre em 90 dias.

Uma especialista em doenças infecciosas da Universidade de Nassau, em Nova York, diz que o surgimento de vários microorganismos resistentes a medicamentos, especialmente bactérias, é preocupante porque isso reduz as opções de tratamento.

O estudo divulgado nesta segunda-feira (29) pela ONU, alerta que, se nada for feito, o número de mortes causadas pelas doenças resistentes aos tratamentos pode chegar a dez milhões por ano até 2050. E um dos principais motivos é o uso indiscriminado de remédios como, por exemplo, os antibióticos.

Quando bactérias são expostas a antibióticos, um grupo pequeno delas que for mais resistente pode sobreviver e, depois, se reproduzir. A cada geração, essas bactérias dão origem a outras tão resistentes quanto elas ou mais. O mesmo pode acontecer com medicamentos para fungos e vírus.



A recomendação aos governos é reduzir o consumo desses medicamentos, não só pelas pessoas, mas também nas criações de animais e na agricultura. E ainda investir em vacinas, tratamento de água e saneamento para evitar as doenças.

A estimativa é que, se essas medidas não forem adotadas, o aumento da pobreza e queda na produção de alimentos e as despesas com atendimentos de saúde podem levar a danos econômicos comparáveis à crise financeira mundial de 2008 e 2009.


Fonte: G1 / Por Jornal Nacional em 29/04/2019

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